O SUS QUE DÁ CERTO: A Política de Humanização no hospital é possível?

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Olá, gente! Sou Anne, psicóloga residente do Programa de Residência em Saúde Multiprofissional do adulto e do idoso do HUPAA da Universidade Federal de Alagoas.

Apresento neste post o meu relato de experiência no hospital, enquanto residente, junto com comentários acerca das ações exitosas do Hospital Sofia Feldman a partir do documentário “SUS que dá certo: Parto e nascimento humanizado no HS”.  A dureza e a hierarquização de poder tão bem arquitetadas no hospital me trouxeram desafios e reflexão sobre diversos aspectos inerente a minha prática dentro deste espaço. O uso constante das tecnologias duras em detrimento das leves no hospital perpassa uma série de fatores não condizentes com a proposta da humanização na saúde.

Ao pensar sobre as ações dentro do hospital, uma das estratégias elencadas durante a minha vivência foi o trabalho com as famílias e acompanhantes, o qual se mostrou bastante produtivo, positivo e gratificante. Ao conhecer os condicionantes familiares das usuárias pude fazer abordagens mais integrais dentro do hospital. Muitas vezes, realizadas em parcerias com o Serviço Social e Enfermagem para a minimização de alguns conflitos familiares. Este cenário dialoga bastante com o vídeo “SUS que dá certo: Parto e nascimento humanizado no HS”. Ao mostrar um hospital como referência da PNH, consigo visualizar a possibilidade de ações semelhantes em outros cenários da assistência à saúde.

O acolhimento, a escuta e a produção de vínculos são instrumentos norteadores importantes no processo da humanização no hospital. O documentário sobre o Hospital Sofia Feldman nos traz: a concepção de fortalecimento da rede de saúde; o acolhimento das demandas das usuárias; a inserção do pai/acompanhante durante o parto; métodos não farmacológicos para aliviar a dor; empoderamento da mulher; a relevância da equipe multidisciplinar;  espaços de encontros para avaliação da assistência e troca de experiências; defesa do modelo integrado de assistência e não centrado no médico; consulta domiciliar e o controle social dentro do hospital.

Todas essas ações demosntradas no documentário sobre o HS me fortalece enquanto profissional, residente e pessoa. Compartilho aqui esta reflexão para podermos dialogar sobre as nossas práticas e possibilidades para ampliar um modelo de cuidado humanizado.

Finalizo com uma frase, a qual sempre esteve/está presente na minha prática profissional, de um dos profissionais mais antigo do HS,    “ É nossa obrigação derrubar os muros que separam as instituições da comunidade e construir pontes”.

Segue o link do documentário: https://redehumanizasus.net/93886-1-hospital-sofia-feldman