Co-Gestão do HOSPITAL GISELDA TRIGUEIRO dispara a Rede de Atenção Básica no distrito Oeste de Natal

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  Gestores, trabalhadores, alguns usuários do  Hospital Giselda Trigueiro (HGT) e lideranças da rede do Distrito Oeste de Natal-RN constituíram um fórum de saúde que vem realizando reuniões mensais  para diagnostico e reflexão acerca dos processos de trabalho. Esta articulação entre gestores, trabalhadores, técnicos e representantes do controle social da região Oeste de Natal teve inicio em março de 2009, por ocasião do processo de implantação de um novo modelo de atenção e de gestão do HGT – referência estadual em doenças infecto-contagiosas.
   O processo de implantação da co-gestão no Hospital desencadeou estratégias entre as quais, a análise e diagnostico do SUS na Região Oeste da capital, considerando a estrutura de funcionamento dos serviços, perfil epidemiológico, demandas, ofertas e conflitos. A análise revelou o contexto de uma atenção fragmentada com desarticulação da rede,  descontinuidade do cuidado, deficiências de estrutura física e de equipamentos, baixos investimentos nos processos de educação permanente, ausência de comunicação entre os serviços, insuficiência de vínculos entre usuários e profissionais, alem de um grande déficit de recursos humanos. Neste contexto, destaca-se a superlotação dos hospitais gerenciados pelo estado, e em particular do Hospital Giselda Trigueiro, ocasionada pela baixa resolutividade dos serviços básicos, e pela falta de co-responsabilizaçao por parte dos municípios na oferta de uma assistência humanizada e melhor qualificada ( post: https://redehumanizasus.net/node/8667).

  Objetivando mudanças nesse contexto, através do conhecimento de como se encontrava a estrutura e o funcionamento da rede básica e especializada, o HGT buscou   construir coletivamente estratégias para a melhoria na assistência à saúde da região Oeste. Como resultado desse processo, e com o compromisso coletivo na busca de soluções concretas aos problemas da rede de assistência da região, tem sido pactuados novos “modos de fazer” que implicam  mudança de fluxo no atendimento aos usuários. Esse movimento tem trazido potencia e maior implicação dos trabalhadores e gestores, na co-responsabilizacão para com o sistema de saúde.

 Entre as decisões pactuadas destacamos :

  1) Estruturar de forma mais rápida as unidades de saúde existentes, para que possam dar real suporte à Rede;
  2) Definir as Unidades que serão responsáveis pelo apoio diagnóstico e realização de exames específicos;
  3)  Determinar prazo para implantação de acolhimento em todas as unidades básicas de saúde do distrito Oeste;
  4) Elaborar cartilhas para os usuários com informes acerca do processo de co-gestão na rede, alem das indicações de locais dos serviços específicos do distrito.
  5) Disponibilizar dentro das agendas diárias das Unidades , quatro consultas destinadas  ao atendimento de usuários encaminhados pelo Acolhimento (ACR) do HGT.

  No que diz respeito ao Acolhimento por Classificação de Risco no HGT, sua implantação desde  2007  vem promovendo  uma nova dinâmica no fluxo de atendimento do distrito Oeste, de forma que, atualmente  este dispositivo se fortalece pela co-responsabilização de todos  os envolvidos, na busca desta reestruturação da Rede.
  

 FONTES BIBLIOGRÁFICAS:

 _Silva,M.G. & Martins, M.M.C.O Hospital que temos e o Hospital que queremos: Construindo o processo de gestão participativa no Hospital Giselda Trigueiro- Natal-RN. NESC- UFRN, 2009.

 _RELATÓRIO: Perfil da Rede de Saúde do Distrito Sanitário Oeste de Natal-RN. Autores: Hospital Giselda Trigueiro ( SESAP-RN) e Distrito Sanitário Oeste ( SMS-Natal), 2009.

 FOTOGRAFIAS  por:

 Shirley Monteiro ( HGT- Sesap-RN)- jan/2010.