Educação Permanente no Desenvolvimento de Ações de Saúde

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Mais uma vez temos o privilégio de postar na rede Humaniza SUS, devido à iniciativa do professor Douglas Casarotto, o que é de grande importância para nossa formação profissional. Neste espaço temos a oportunidade de falar de nossas idéias e trocarmos experiências com profissionais experientes de diversas áreas da saúde. Assim, hoje pretendo fazer uma reflexão sobre ações de promoção da saúde.
O eixo temático “Perspectivas de Formação e Educação Permanente no Desenvolvimento de Ações de promoção da Saúde” do I Seminário Sobre a Política Nacional de Promoção da Saúde, ocorrido em 2006, me instigou a pensar neste assunto enquanto estudante de Psicologia.
No artigo, Leane de Carvalho Machado falou sobre a importância do SUS e as transformações que são necessárias na formação e educação permanente dos funcionários e gestores do SUS. Segundo MACHADO (2006) o SUS é fortalecido através da educação permanente. Contudo, podemos pensar neste assunto como algo que inclui a comunidade como um todo e não apenas os profissionais da saúde. CZERESNIA (1999) já defende que “um dos eixos básicos do discurso da promoção da saúde é fortalecer a ideia de autonomia dos sujeitos (…)” (p. 01).
Outro ponto importante que MACHADO chama a atenção é a mudança de foco da doença para a saúde. A autora cita o autocuidado como uma ação que deve ser estimulada – o que remete à autonomia citada anteriormente. Para isso, a implementação das ações de saúde a partir da atenção básica é de fundamental importância. Ela cita como exemplo o estado do Sergipe que hoje possui uma cobertura de 87% do programa saúde da família (PSF). Os trabalhadores do serviço planejam suas ações de acordo com as necessidades da comunidade em que estão inseridos.  Retomando CZERESNIA (1999), “promover a saúde alcança, dessa maneira, uma abrangência muito maior (…) incluindo o ambiente em sentido amplo (…) elementos físicos, psicológicos e sociais” (p. 01).
Com base nisto, nós, enquanto estudantes de Psicologia precisamos tomar cuidado para que nossas futuras ações não fiquem restritas ao âmbito do psicológico. Para tanto, devemos começar a “treinar” o olhar para cuidar de forma ampla e ao mesmo tempo particular – sem deixar de considerar sempre a importância da interdisciplinaridade.   Desta forma, as ações de promoção da saúde certamente serão efetivas e alcançarão resultados mais duradouros.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
MACHADO, L. C. Perspectivas de Formação e Educação Permanente no Desenvolvimento de Ações de Promoção da Saúde in: Anais I Seminário Sobre a Política Nacional de Promoção da Saúde. Brasília, 2006.

CZERESNIA, D. Promoção da Saúde: Conceitos, Reflexões, Tendências. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003.