Projeto Terapêutico Singular

Oi Gabriela,

Que legal a sua postagem trazendo essa importante discussão!

Dentre os dispositivos orientados pela Política Nacional de Humanização para uma atenção profissional mais resolutiva, a clínica ampliada e o Projeto Terapêutico Singular assumem uma importância relevante, na medida em que valorizam o caráter  multidismensional do usuário, e a abordagem multidisciplinar para atender todas as suas demandas de saúde. Sob essa ótica, o atendimento  rompe com o recorte do usuário, e busca ver o todo, analisa os sinais e sintomas apresentados, propondo inúmeras possibilidades de tratamento, levando em consideração que cada um é único, respeitando assim as singularidades de cada pessoa atendida.

Como se sabe, o processo não é simples e assume um fazer com compromisso ético e político, onde o diálogo circular é a tônica do atendimento. Mas será que as nossas unidades de saúde estão aparelhadas para um atendimento com essas abordagens? Seria ótimo, né?

Valeu pela postagem!

AbraSUS!

Emíia

Que bom que você veio Gabriela!

Seu tema é mesmo muito relevante para a saúde. Em especial vejo que cada vez mais estamos buscando as singularidades para produzir vínculo e assim cuidar melhor. Mas não podemos nos esquecer dos sentidos produzidos por cada um para um coletivo no qual se insere.

Então estamos aqui com um grande desafio, a meu ver: como produzir um Projeto Terapêutico Singular levando em conta uma abordagem também coletiva? O que você pensa sobre isso?

Seguimos na conversa.

Bjs Patrícia

Oi Gabi, amei sua contribuição para a rede. É muito importante mesmo que a gente se humanize hahaha 😀

Gabriela, muito legal sua iniciativa de postar sobre esse tema! Acho fundamental que se circule cada vez mais esse assunto, e que o conhecimento leve a prática. Meu nome é Aline, sou psicóloga residente do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA) e meu primeiro contato com o PTS foi exatamente na experiência enquanto residente. Em nossa residência contamos com cinco categorias profissionais (psicologia, nutrição, serviço social, enfermagem e farmácia) e, no primeiro ano, cursamos uma disciplina que tem como uma das propostas a elaboração do PTS de alguns pacientes que estivemos acompanhando. Pude observar o quanto essa atenção integral voltado para o usuário, considerando suas individualidades e, principalmente, contando com seu protagonismo para o desenvolver de seus cuidados fazem toda a diferença na direção do tratamento. Como você citou: “cada um possui caracteristicas particulares”, logo, necessitamos de cuidados diferenciados. É necessário prezar a lógica do caso e caso, considerando que quem melhor sabe sobre si é o próprio paciente. Vamos dar voz para que eles nos mostrem qual a melhor forma de cuidá-los! 

Muito obrigada por essa contribuição e reflexão, Gabriela! Até mais. 

Olá, Gabriela.

Muito interessante sua postagem.

O Projeto Terapêutico Singular é realmente importante. Acredito que através dele a construção do vínculo usuário-profissional de saúde fica mais fortalecida, principalmente por parte do usuário, que depois de acolhido, percebe que é capaz, a partir do momento no qual ele é inserido nas decisões, para planejar ações/comportamentos, considerando suas necessidades e limitações, e passa a ter mais estímulo para alcançar suas metas com sucesso.

Fico contente em ler um post assim logo ao conhecer o site, pois sou aluna de terapia ocupacional e uma das nossas bandeiras mais fortes é justamente o foco na singularidade do sujeito. Acredito pelo que já estudei e vi ao longo da graduação que isso deveria mesmo ser estendido para as outras áreas da saúde porque como disse Douglas Adams “Tudo que você vê, ouve ou vivencia de qualquer jeito que seja é específico para você. Você cria um universo ao percebê-lo, então tudo no universo que percebe é específico para você.” Sendo assim, nada mais justo que o projeto terapêutico se atente a isso 🙂