HGV utiliza Projeto Terapéutico Singular para paciente com doença rara

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O paciente A.O.L, 18 anos, está há nove meses internado no Hospital Getúlio Vargas (HGV) com uma doença rara que ocorre um caso a cada um milhão de pessoas. Para melhor atender o paciente, o hospital está utilizando uma ferramenta de gestão do Cuidado conhecida como Projeto Terapêutico Singular, que possibilita um cuidado individual para o paciente.

Para a diretora geral do HGV, Clara Leal, isso significa que não se pode tratar um paciente igual ao outro. “Não há indivíduo igual ao outro. A necessidade do cuidado é diferente. Temos que priorizar a necessidade individual do paciente. Com o Projeto Terapêutico Singular estamos procurando fortalecer a gestão da assistência com mecanismo de gestão da Clínica”, explica Clara Leal.

A.O.L  recebe todos os  dias, a visita de uma equipe multiprofissional que o acompanha. A equipe é composta de médicos, enfermeiras, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas e psicólogos. O médico intensivista, Jailson Matos, ressalta que todos esses profissionais são necessários para que A.O.L se recupere e consiga uma melhor qualidade de vida.

Matos que é coordenador da Clínica Médica do HGV, explica que A.O.L sofreu um Acidente Vascular na Medula, evento raro que acomete uma pessoa a cada um milhão. A doença determinou uma sequela neurológica irreversível. “Que limitou a capacidade motora e de respiração. Para garantir a sua sobrevivência, é necessário suporte multiprofissional, que somente um hospital de nível terciário como o HGV pode garantir e proporcionar segurança e melhor qualidade de vida ao paciente”,destaca Matos.

Ele acrescenta que a lesão medular de A.O.L surgiu de forma abrupta, e a medula é o órgão responsável pela regulação das funções respiratória, circulatória e pela via condutora de estímulos motores e sensitivos e o tratamento é realizado por equipe multiprofissional. Além de médicos, fisioterapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos, nutricionistas e profissional de enfermagem.

A Fisioterapeuta, Gracélia Silva, diz que quando A.O.L chegou ao HGV, por causa do Acidente Vascular na Medula, tinha perdido todos os movimentos. “Com o trabalho da equipe multiprofissional, ele já consegue movimentar tantos os membros inferiores quanto os superiores”, explica.

A mãe de A.O.L, Maria de Deus, trabalha como Agente Comunitária de Saúde no município de Araioses-Ma, próximo ao município de Parnaíba-Pi, e sonha com o dia de voltar ao trabalho e a sua casa. “Meu sonho é poder levar meu filho para casa, mas para isso preciso ter condições”. O médico, Jailson Matos, explica que A.O.L vai poder ir para casa somente com assistência multiprofissional como tem no HGV e, também, com equipamentos como leito adequado, cadeiras de rodas e aparelho para ventilação.

A diretora do HGV, Clara leal, ressalta que foi necessário acolher o paciente em uma enfermaria especial para que ele pudesse sair da UTI. “Montamos um local adequado para atender as necessidades do paciente e sua mãe, que o acompanha. Para a diretora, isso significa ver o paciente de forma integral e com suas necessidades individuais”.