No finalzinho da tarde do dia 9 de abril de 2015 vivi um momento singular em minha carreira enquanto comunicadora social. Falar para estudantes de jornalismo, que cursam a disciplina de Ética sobre o nosso dia-a-dia profissional. O convite partiu do professor da disciplina, o meu amigo Bruno Cesar Viana. Confesso que no inicio bateu o nervosismo, os questionamentos do que falar. Mas a experiência se tornou incrível, relembramos as dificuldades e o amadurecimento dentro da Comunicação Social, o período da formação, no Departamento de Comunicação Social da Universidade Estadual da Paraíba. Minha vinda para Natal, através do concurso da Sesap, em 2010, e toda a trajetória dentro da Secretaria que me fez enxergar melhor a Comunicação, um processo de namoro que cada dia se fortalece. Como sensibilizar através da comunicação que o SUS pode ser possível?. O Sitema Único de Saúde tem muitas experiências fantásticas e também com muitos desafios. Como as pessoas utilizam a comunicação nas suas relações de trabalho para tornar esse SUS possível?. É inquietante observar e fazer um exercício diário de análise acerca das relações e seus processos comunicativos no ambito do SUS. As minhas escalas na Assessoria de Comunicação, no Programa de Aids e Hepatites e agora na Subcoordenadoria de Informação, Educação e Comunicação, além do flerte com a Polítia Nacional de Humanização tem me ajudado nessa caminhada. Que tem pedras, espinhos, mas que não faltam a boa companhia e as boas surpresas. Nossa fala não foi acerca dos entraves da profissão, dos baixos salários e as poucas oportunidades no campo de trabalho para jornalista. Mas sim no mundo que é a comunicação social e o quanto podemos explorar esse campo, nos tornando dentro da area que escolhermos seguir, um profissional eclético, ávido por aprender e que não se curva diante da falta de reconhecimento e incentivos. Mas que busca sempre contribuir com a busca de uma solução e de como torná-la vísivel. Foram momentos tão ricos com os futuros colegas de trabalho.
Por deboraligieri
Querida Maria Eufrásia.
Bacana esse seu relato sobre a conversa com alunxs de jornalismo (que acabou sendo uma espécie de retrospectiva pessoal muito bonita), e a sua preocupação com a sensibilização do olhar coletivo para o SUS que dá certo. Em tempos de jornalismo quase que completamente pró saúde privada (e comprometido financieramente com os serviços de saúde privada), é um grande alento saber que existem profissionais como você que, além de acreditar no SUS, luta através de seu ofício para que ele seja um sistema cada vez melhor!
Grande abraço,
Débora