CAMINHOS DO CUIDADO foi destaque no Congresso da Rede Unida- Fortaleza- CE.

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Durante o 11º Congresso Internacional do Rede Unida em 11 de abril, O Projeto Caminhos do Cuidado iniciou suas atividades em Fortaleza. Diretores e coordenadores de Escolas Técnicas do SUS (ETSUS), representantes das equipes estaduais, executiva, pedagógica, acadêmica, macrorregional e de Comunicação do Projeto e demais convidados participaram da Oficina “A Construção da Educação Permanente”.

Apresentada pelo diretor do Departamento de Gestão da Educação na Saúde (Deges), Alexandre Medeiros, o objetivo foi organizar o processo do curso nos territórios e criar movimento nos municípios e estados para que as formações gerem outras possibilidades de ações, unindo a saúde mental na atenção básica junto às Escolas Técnicas. “Foi também uma forma de avaliar todo o trabalho do Projeto entre a equipe e determinar novos rumos, principalmente de interação”, disse Alexandre.

O diretor mostrou, por gráficos, a participação das 36 ETSUS durante o processo de formação dos orientadores e tutores de aprendizagem, além do fluxograma da gestão pedagógica e acadêmica do Caminhos do Cuidado e as demandas logísticas e as surgidas na comunidade de práticas. Ao final, Medeiros concluiu com uma pequena avaliação do Projeto. “Ele é heterogêneo, de acordo com cada região; há muita desejo de participação pelos profissionais das ETSUS e, por último mas muito importante, existe um grande espaço para desenvolvimento e integração”. Na parte da tarde, os profissionais se dividiram em grupos menores, de acordo com as regiões do país, para discutir a construção do processo nos territórios e pensar novas necessidades de agenda. “É uma atividade de reflexão fundamental nessa nova fase do Projeto, onde, pela primeira vez, estão sendo formadas turmas em todos os 27 estados”, afirmou Alexandre. “Precisamos conhecer os diferentes desafios e realidades do cotidiano de cada região. Vamos tentar criar uma estrutura nacional que permita a todos conversarem e entenderem seus papéis e atribuições”, finalizou. A atividade visa buscar novas formas de estratégias para descentralização, educação permanente, avaliação e monitoramento do Projeto, entre outras.

Renata Pekelman, coordenadora pedagógica do Caminhos do Cuidado, dividiu os grupos e explicou que, considerando a importância da articulação regional, cada “estado” iniciaria a conformação de um plano de trabalho junto com a equipe pedagógica e macrorregional. “Neste plano devem ser consideradas as condições de cada ETSUS para o desenvolvimento das ações bem como a necessidade de apoio e fortalecimento”, orientou. Os participantes realizaram diversas reflexões, como, por exemplo, pensar uma melhor organização para promover a educação permanente dos orientadores e tutores já formados, considerando a atuação junto à comunidade de práticas e buscando outras alternativas.

 Em 12 de abril, as atividades tiveram início com a Roda de Conversa “Formações Nômades: Experiências de Construção Pedagógica no Projeto Caminhos do Cuidado: Formação em Saúde Mental (Crack, álcool e outras drogas) para ACS e Atenfs da Atenção Básica”. Os profissionais do apoio pedagógico do Projeto Pedro Augusto Papini, Juliana Bittencourt e Giulia Costa apresentaram aos participantes toda sua experiência com as formações feitas desde 2013.

Simultaneamente, o educador e consultor do Caminho dos Cuidados, Antônio Lancetti, o diretor do Departamento de Gestão da Educação em Saúde (Deges) do Ministério da Saúde, Alexandre Medeiros, o coordenador de atenção básica do Ministério da Saúde, Antônio Ribas, e o coordenador nacional de Saúde Mental, Roberto Tykanori, do Ministério da Saúde, promoveram a távola “Projeto Caminhos do Cuidado: articulando a rede de cuidados em saúde mental na perspectiva da redução de danos” ( foto ). De acordo com Tykanori, a formação em Saúde Mental é uma ótima oportunidade de preparar os profissionais para o problema das drogas, questão que ainda precisa de investimento técnico. Segundo ele, os principais problemas existentes recaem sobre a atenção básica, depois para a Estratégia de Saúde da Família (ESF) e então para o agente comunitário de saúde. “Há uma cascata de delegação de expectativas, onde o ACS fica sobrecarregado. O agente não é o sistema em si. Ele é o elo de interação entre o sistema e a comunidade”, afirmou, reforçando o papel estratégico do ACS. O coordenador ensinou que a estratégia fundamental de saúde mental na atenção básica é desenvolver um modo de compreender o sofrimento alheio, ajudar a resolvê-lo sem necessariamente “patologizá-lo”. “O Caminhos do Cuidado trabalha nesse viés e é uma forma de transformação profunda. O Projeto possibilita um processo de qualificação de profissionais consciêntes e solidários, sem deixá-los engessados por normas e formulários”, finalizou.

Em seguida, Pedro Papini e os educadores Antônio Lancetti, Marise Ramos e Sergio Alarcon realizaram o lançamento do Guia de Saúde Mental – Atendimento e Intervenção com Usuário de Álcool e outras Drogas no Rede Unida, distribuindo autógrafos e dedicatórias nos exemplares entregues para a fila de visitantes. 

Fonte das notícias:https://www.caminhosdocuidado.org/

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