Um Parto em casa.

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Pensando nas questões sobre algumas técnicas que escondem certas práticas e que merecem ser evidenciadas, sob os holofotes das diretrizes da PNH, trago um vídeo que apresenta um parto domiciliar. Está postado no Facebook e no YouTube. Muito me emociona pela riqueza de detalhes e sutilezas que podem ser ativadores de várias reflexões. 

  Destaco neste vídeo a tranqüilidade e a substituição da impessoalidade das salas de parto das maternidades/hospitais, pelo aconchego e intimidade do lar. O parto foi perpassado pela amorosidade e pelo reconhecimento dos ritmos do binômio mãe e filho, que passaram pela experiência com apoio e afeto. 

 Creio que isso vale também para os procedimentos para uma morte no domicílio. Nascer e morrer são fatos sociais que passaram de ritual familiar a acontecimento médico-científico. Perderam a leveza e receberam a dureza dos protocolos que transformaram a PESSOA em PACIENTE e NÚMERO DE LEITO. 

 O vídeo do parto da Sabrina foi para o YouTube (numa versão resumida), pelo apelo do movimento internacional em defesa do parto humanizado ("sem violência" ou "desmedicalizado"). O motivo foi a prisão na Hungria de uma parteira, em função do bebê, num dado parto domiciliar, ter morrido.

 Segundo Ricardo Teixeira, “o biopoder atravessa uma fase de truculência inaudita, atacando em várias frentes simultâneas, visando produzir um "sucateamento" definitivo da nossa humanidade, abrindo o caminho para fazer de cada corpo um objeto de realização do capital. Não há como ter meias palavras diante do que está se passando… Nosso contra-ataque, de novo, se dá nas redes, com as redes…”

Assim sendo, vamos disseminando na rede e entre as redes, essa e outras experiências, experimentações, idéias e modos de fazer escapando do rigor normativo que engessa os procedimentos, as vivências e os afetos.

Com esperança renovada convido: Vejam o vídeo

Saudações esperançosas. Rejane Guedes-Natal/RN