Linha de Cuidado em Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas, RS: “O cuidado que eu preciso”

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A 4ª Coordenadoria Regional de Saúde, no Rio Grande do Sul, juntamente com a  Seção Estadual de Saúde Mental, divulga o Encontro para Implantação da Linha de Cuidado em Saúde Mental, Álcool e outras drogas: "O cuidado que eu preciso", a ser realizado dias 30/01 (das 13:30 às 18:00) e 31/01 (das 8:30 às 12:00), no Auditório do Centro Administrativo da Prefeitura Municipal de Santa Maria.

Contaremos com a presença de Secretários de Saúde, Coordenadores Municipais de Saúde Mental, Coordenadores de Centros de Atenção Psicossocial e/ou Ambulatórios de Saúde Mental, Coordenadores de ESF, Coordenador geral da Atenção Básica, Coordenadores de Políticas de Saúde, repesentantes dos usuários no Conselho Municipal de Saúde e representante do hospital local, representantes das Comunidades Terapêuticas contratualizadas e representantes de instituições formadoras.
 
Apostamos neste encontro!!!!
 
Nada melhor para combinar, integrar processos de trabalho,
construir redes, do que conversar em encontro presencial.
 
Antes que se pense na Linha de Cuidado como algo linear, de encaminhamentos, algo da ordem de um fluxograma… pensemos nas linhas que tecem as redes, que representem as singularidades. O que serve para um, não serve para o outro, muito menos a um terceiro… cada pessoa é uma história, um jeito de estar na vida, as possibilidades são sempre variáveis e infinitas, tantas quantas as singularidades. Linha-digital!! Identidade.
 
Vida radicalmente singular.
 
Não há fórmulas! Cada equipe, serviço, trabalha segundo sua possibilidade de momento, entendimento, o que consegue fazer, refletir… no entanto, reforçaremos nosso horizonte: a Reforma Psiquiátrica, na Lei RP 10.216/2001, Lei da RP no RS 9.716/1992, CF/88 e portarias de SM. Apostando no trabalho multiprofissional, saúde mental na Atenção Básica!! Com o suporte necessário de incentivos que o RS estabeleceu no ano de 2011, pelas Resoluções 401, 402, 403 e 404: custeio para implantação de CAPS, incentivo para leitos de internação psiquiátricas e ad em hospitais gerais, Núcleos de Apoio à AB Saúde Mental, Oficinas terapêuticas na AB… e vem mais! A linha de cuidado em SM está com investimento de 175.000.000,00, sendo 25.000.000,00 anuais! Monitorados pelo gabinete do governador do Estado.
 
Ainda, a LCSM prevê EPS, qualificação para profissionais/equipes da SAMU, de Hospital Geral, CAPS, Supervisores, Acompanhantes Terapêuticos, Telesaude mental 24h. Também, Residências Terapêuticas Transitórias, Consultórios de Rua, incentivo para RDs, vagas "monitoradas" em Comunidades Terapêuticas, incentivos para a AB, como consta nas resoluções…
 
Bem, e o que podemos, iremos acreditar, dialogar, apoiar uns aos outros, criar meios de alterar as lógicas de trabalho, integrá-los, confiar na experimentação da vida — com as famílias, com as pessoas que nortearão todo o processo: a pessoa (integral), usuário do SUS, cidadão de direitos civis e humanos.
 
Há quem acredite que a RP só complicou tudo, há quem acredite que ela está acontecendo (é isso ou o hospício… e já é um avanço ainda que com processo de manicômios do cuidado), há quem acredite que podemos ir além… experimentar a vida, apostar nas possibilidades, confiar, criar processos singulares… há aqueles que rompem com a rotina e possibilitam inventar  "saídas nos territórios": vá… tente… se precisar, conte com a gente! A porta aberta… fluxo… outros chegam… ainda poucos conseguem sair do ciclo, CAPS-CASA… casa-RUA-internação (reflexões…).
 
 
Para pensarmos processos de trabalho que sirvam às necessidades das pessoas, garantindo portas abertas, acolhimento, clínica ampliada, plano terapêutico (realmente) singular — quem planeja o PTS???? Como compartilhá-lo?
 
Chega de queixas de um ou de outro, um porque não tem vagas, outro pela judicialização, vamos tentar! Encontrar saídas juntos, conhecer quem são os profissionais… processos? Só de trabalhos integrados! Encontrar e conversar. Demonstrar segurança nas equipes multiprofissionais, integração da SM na AB… Internações compulsórias, internações em hospitais gerais em “unidades fechadas” porque “há risco de fuga”? Por que foge? Por que fica? Força por proteção e cuidado, zelo pela integridade da pessoa. Mas e na volta, gratidão? Revolta, reincidência, banalização. Muitas vezes voltarão, por isso a porta aberta das unidades de saúde. Mas o ir e vir em combinações e possibilidades de vida. O caminho, vamos construindo.